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domingo, 8 de janeiro de 2012

24 horas ao contrário

24 horas ao contrário
uma volta ao relógio inocente
não vou ficar no armário
vou imaginar ao fazer algo diferente.

Pensar, criar e fazer
algo irreal ou algo em que crer
um novo e moderno mundo
distinto deste e sem qualquer fungo.

Viver no inverso
no meu inviolável universo
em boas coisas submerso
tão simples como este verso.

Vejo o mundo de outra perspectiva
sou e crio de forma inteligente
faço com que uma simples folha viva
e ao futuro faço frente.

E se...

"Se soubesses que só há uma pessoa no mundo que pode fazer-te realmente feliz e é a indicada para ti, que sacrificarias para a encontrar? Quantos séculos estarias procurando? E se, finalmente a encontrasses, serias capaz de deixá-la ir? Não a abraçarias com todas as tuas forças e nunca, nunca, nunca a deixarias ir?"

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Obrigado

Todas as manhãs me levanto e por mais feliz que me sinta ou alegre que pareça, ou até mesmo que o seja, no fundo sou um nostálgico.
Sinto permanentemente um vazio no meu peito que tento preencher, mas é impossível. Ignoro-o, ainda assim persiste.
Às vezes sou tão frágil, embora noutras seja de autêntico aço.
Contemplo a lua e algo na obscuridade em que me encontro, me diz que estou fora do meu lugar e tempo. Sou um romantico de séculos passados. Habito num tempo equívoco e vivo uma vida que não me pertence. É demasiado para mim, ou talvez seja eu o demasiado.
A verdade é que não me identifico com nada deste mundo aborrecido, escandaloso e passivo. Admiro coisas, coisas nas que acredito até, coisas tontas que ainda assim me definem um pouco. Todas essas fantasias minhas me salvam da cruel realidade em que todos habitamos. Todos os dias procuro, penso e faço com que este tormentoso vazio diminua ou, simplesmente desapareça. Todavia, é como uma mancha de humidade que sempre regressa. Sinto-me melhor às escuras que com luz, odeio gente.
Talvez esse vazio se explique de forma racional, talvez não. Talvez seja da minha total desmotivação e desinteresse por tudo. Talvez eu somente queira mais, mais de algo que não tenho, ou se calhar até tenho...
Ser diferente transformar-me-ia. Seria distinto, seria optimista, mas... não seria eu.
Procuro o desconhecido, a "coisa" que me diga quem sou realmente. Agora que reflexiono, talvez me decepcione.
Porém tudo o que escrevi deixou de ter qualquer sentido. Termino. É passado. Sabes porque? Porque te conheci e tudo mudou. E, melhor ainda, disseste-me sem saber quem eu sou...